Paula Alves

Presidente da União das Freguesias de Queluz e Belas, afirma que abril de 74 e todo o período que se lhe seguiu, marcou a sua vida para sempre, influenciando as opções de envolvimento na sociedade que tomou enquanto adulta. A experiência de uma infância sempre alerta pelos constrangimentos que se viviam serviram-lhe de inspiração para ser parte ativa de um mundo melhor. Um dia que marca a liberdade e a democracia em Portugal e que nas suas palavras, jamais, poderá ser esquecido.

Luís Mairos

Antigo Presidente da Assembleia de Freguesia e com uma participação ativa na vida cívica local, relembra o antes e o depois de uma data que viria a transformar o país. As limitações às liberdades que hoje consideramos elementares transformaram-se numa maior abertura do país em si mesmo e para o mundo. Um momento de mudança que se fez nos anos seguintes e não apenas num dia. Com a perceção de que é necessário intervir na sociedade para que possamos cumprir abril, reforça o valor desta transição na vida do dia-a-dia.

Maria Amélia Andrade

Cidadã da freguesia desde criança, traz-nos o relato de uma vivência de abril já em idade adulta. Mulher e mãe que observava as desigualdades e restrições do meio que a circundava e que ainda hoje se emociona com as memórias que guardou. Reserva para si os momentos mais dolorosos mas abre-se, no diálogo, à esperança de continuar a ver um país pleno de liberdade, em que a participação de todos é urgente e terá uma importância absoluta na permanência dos direitos que alcançámos.

Pedro Gonçalves

Presidente da Liga dos Combatentes e militar de carreira, viveu abril de 74 ainda em criança. Ficaram-lhe os valores do respeito e da integridade de um tempo em que as restrições exacerbadas de um regime ditatorial se faziam sentir de forma transversal na sociedade. Dessa época traz o companheirismo e a perceção de que, será sempre em união, que se alcançam as melhores vitórias. Certo de que este é um caminho que temos que continuar a percorrer para fazer permanecer abril sempre, em nós.

Anabela Faria

A viver na freguesia desde sempre traz-nos um relato vivo de um momento que experienciou no palco da revolução. O pai que trabalhava numa tipografia, na Rua do Diário de Notícias, tinha Salazar como cliente mas nunca os assuntos políticos entraram em casa. A perceção da mudança pós-revolução, o impacto de ter percebido que a liberdade da qual usufruía em adolescente e adulta não tinha sido a mesma que a família pode experimentar, trazem-lhe a certeza de que abril ficará connosco para sempre.